Micros e pequenas empresas geram 83,3% das vagas de emprego formal no Ceará
Micros e pequenas empresas geram 83,3% das vagas de emprego formal no Ceará
21/12/2022 07:15:52
As micros e pequenas empresas foram responsáveis por 83,30% dos empregos formais gerados no mês de outubro no Ceará. No total, 5.005 novos postos foram criados, sendo 4.169 pelas MPEs. Os dados são de levantamento realizado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), com base em dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Previdência.
O saldo positivo desse segmento empresarial também foi observado de janeiro a outubro, quando o Estado criou 67.588 novos postos, sendo 62,43% (42.200) das MPEs.
O economista e membro do Conselho Regional de Economia do Ceará (Corecon-CE), Ricardo Coimbra, destaca a importância das MPEs para a economia nacional.
“A grande participação desses negócios evidencia o peso do segmento para a atividade econômica do Brasil e do Ceará, em relação à geração de emprego e renda. Interessante observar que praticamente 70% do PIB (Produto Interno Bruto) do País é concentrado nos serviços, com grade peso das MPEs”, observa.
Crescimento
Para ele, o crescimento consistente da economia brasileira nos próximos anos depende das MPEs, segmento que precisa ser mais incentivado pelo poder público, principalmente, diante da ainda elevada taxa de desemprego no País.
“O potencial para geração de emprego e renda no segmento é enorme e fundamental para a nossa economia. Acredito que o bom desempenho das MPEs deva continuar em 2023, em razão da completa normalidade das atividades econômicas”, acrescenta, com destaque para o setor de serviços.
No Brasil, do total de vagas de emprego formal criadas em outubro (159.454), os micros e pequenos negócios geraram 125.114, ou seja, 78,5% do total.
Acumulado
No acumulado do ano, de janeiro a outubro, foram 2,320 milhões novos postos de trabalho. Nesse cenário, as MPEs figuram entre as que mais geraram emprego, com 1,661 milhão novas contratações (71,6%).
“Os postos de trabalho criados, no Brasil, apresentam uma redução 41% quando comparado com a média mensal dos últimos cinco meses. Mas, apesar dessa queda, todos esses números estão em consonância com a queda da taxa de desocupação disponibilizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Atualmente, essa taxa está em 8,3%. Em janeiro deste ano era de 11,2%. Uma diminuição considerável de quase três pontos percentuais, sendo os pequenos negócios os grandes responsáveis por essa redução. Mostram que são essenciais para a economia brasileira”, afirma o presidente do Sebrae, Carlos Melles.
Setores
Dos sete setores analisados, apenas as micros e pequenas empresas apresentaram saldo positivo em todos. Os grandes e médios negócios tiveram saldo negativo, por exemplo, na construção civil e na extrativa mineral. Nos serviços, o saldo de contratações das MPEs foi de 60,2 mil. Já as médias e grandes empresas aumentaram seus quadros em 29,1 mil novos contratados.
As contratações pelos pequenos negócios do comércio também foram bem superiores às contratações das médias e grandes empresas, com 39,1 mil e 8,3 mil novos postos, respectivamente. No acumulado do ano, as MPEs do setor de serviços geraram 850.781 empregos, seguido pela construção civil (274.679) e comércio (262.143).