Garota de 11 anos engravida por estupro pela segunda vez no PI
Garota de 11 anos engravida por estupro pela segunda vez no PI
13/09/2022 08:50:53
Aviso de conteúdo: o texto a seguir tem descrições de abuso sexual contra crianças e interrupção de gravidez. A leitura não é recomendada para pessoas sensíveis a estes temas.
Uma menina de 11 anos, moradora de Teresina (PI), está grávida pela segunda vez, um ano após ter dado à luz um bebê fruto de outra violência sexual. As informações são do jornal Folha de S. Paulo. Segundo a reportagem, a menina mora atualmente em um abrigo da Prefeitura, após ter passado por conflitos com os pais. Os funcionários do local foram os primeiros a suspeitar de uma nova gestação.
Ela havia engravidado, em janeiro de 2021, após ser estuprada por um primo. À época, a garota tinha dez anos. Tanto a criança quanto a mãe se negaram a realizar o aborto. Na situação, o procedimento estaria dentro dos casos permitidos pela lei brasileira. O aborto é autorizado legalmente, independente do tempo de gestação, em casos de estupro, anencefalia, ou caso seguir com a gravidez apresente risco de morte à pessoa grávida ou ao feto.
O bebê nasceu em setembro de 2021. Desde então, a garota abandonou a escola e vive conflitos constantes com os pais, além de recusar acompanhamento psicológico. Após o caso, ela passou a morar na casa da avó, onde também vivem outros familiares. O tio que é suspeito do segundo estupro dormia no mesmo quarto da garota. Após as suspeitas dos funcionários do abrigo onde a criança vive atualmente, ela foi levada a uma maternidade pública de Teresina.
No local, exames constaram um nova gestação, com cerca de três meses. A mãe da criança, novamente, negou o direito da filha de interromper a gravidez. O argumento usado por ela é de que "aborto é crime". Segundo a conselheira tutelar que acompanha o caso, a criança não teria condições de cuidar de mais um bebê. Ela pontua que a garota "já vive um trauma da primeira gravidez", e que sequer consegue dormir. Ainda segundo ela, o pai da criança foi favorável ao procedimento. No entanto, é necessário autorização de ambos os genitores para seguir com o aborto.