Ibiapaba FM 101,5 - Alunos denunciam agressões físicas e pressão psicológica durante formação da Guarda Municipal

Alunos denunciam agressões físicas e pressão psicológica durante formação da Guarda Municipal

A formação iniciou em 11 de março deste ano, quando uma lista com 50 selecionados para a Guarda Municipal foi lançada.


20/04/2024 09:19:06

Três alunos da formação 2024 para a Guarda Municipal de Pacajus, cidade localizada a cerca de 50 quilômetros de Fortaleza, denunciam ter sofrido agressões físicas, pressão psicológica e relatam um caso de maus-tratos a animal durante o curso. Todos desistiram da formação.

O g1 vai manter a identidade das vítimas em anonimato por questões de segurança. Duas delas aceitaram dar entrevista, mas a terceira, uma mulher, disse estar muito abalada para relembrar o caso. A formação iniciou em 11 de março deste ano, quando uma lista com 50 selecionados para a Guarda Municipal foi lançada.

As denúncias giram em torno de um instrutor identificado pelos alunos como Márcio Ezequias. Conforme uma das fontes, ele teria praticado agressão física com tapas, jogou gás de pimenta nos estudantes e em um cachorro, usava xingamentos de cunho preconceituoso como "você é muito gordo e velho" e também usava expressões como “desgraçados, lixos” para se referir aos formandos. Ele também teria dado café com gás de pimenta para os alunos beberem.

No vídeo publicado nas redes sociais do órgão, os alunos aparecem fazendo flexões de punho cerrado e, em certo momento, um dos instrutores joga um spray no rosto deles (confira no vídeo acima).

O g1 entrou em contato com o instrutor Márcio Ezequias, que informou que o secretário de Segurança de Pacajus falaria sobre o caso. O g1 entrou em contato com o secretário José Cosme de Carvalho Filho, que afirmou que não poderia se manifestar, mas que o instrutor Márcio Ezequias poderia falar. O portal g1 tentou novo contato com Ezequias por telefone, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.

As vítimas relatam que a tensão começou ainda em um grupo de WhatsApp, feito antes da formação iniciar. O espaço era para ser uma espécie de 'tira-dúvidas' sobre o curso, mas, de acordo com os alunos, os superiores faziam "ameaças" por lá.

A reportagem teve acesso a uma dessas mensagens. Nela, um dos superiores envia a notícia de denúncias de torturas na formação de praças, policiais militares e bombeiros, e escreve o seguinte

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