Ibiapaba FM 101,5 - Justiça começa a ouvir testemunhas da morte de PM confundido com suspeito

Justiça começa a ouvir testemunhas da morte de PM confundido com suspeito

À época de sua morte, o cabo tinha 33 anos. Ele era lotado no Batalhão de Policiamento Turístico (BPTur), de acordo com as forças de segurança.


27/03/2024 09:20:12

Após quase seis anos do caso, a Justiça cearense começa a ouvir em abril as testemunhas de acusação no processo da morte do cabo da Polícia Militar Paulo Alberto Marques Albuquerque. Ele foi morto a tiros por um colega PM após ser assaltado e correr em direção a uma viatura para pedir ajuda em agosto de 2018 no bairro Parangaba, em Fortaleza. 

O acusado é o soldado Marcus Jullierme Lessa Gonçalves, réu por lesão corporal qualificada na Vara da Auditoria Militar do Estado do Ceará. O crime é previsto no artigo 209 do Código Penal Militar, e pode gerar de 1 a 4 anos de prisão, caso seja culposo, ou seja, sem a intenção de matar. 

No próximo dia 4 de abril serão inquiridas as testemunhas de acusação, convocadas pelo Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE). A oitiva ocorre a partir das 14h30 na sala de audiência do Fórum Clóvis Beviláqua. 

Segundo a denúncia, o rol de testemunhas conta com três pessoas, incluindo um sargento da PMCE e um morador do bairro que avisou que a pessoa baleada era um agente de segurança. O Diário do Nordeste solicitou ao Tribunal de Justiça do Estado do Ceará (TJCE), mais informações sobre os trâmites processuais do caso, e aguarda retorno. 

À época de sua morte, o cabo tinha 33 anos. Ele era lotado no Batalhão de Policiamento Turístico (BPTur), de acordo com as forças de segurança. 

Conforme a peça acusatória do MPCE, na noite do 28 de agosto de 2018, o cabo Paulo Alberto Marques estava de folga e havia reagido a um assalto e trocado tiros com suspeitos na região da Lagoa da Parangaba. 

Ele se desvencilhou da ação, mas teve a moto levada, momento em que avistou uma viatura e correu, com sua arma em punho, na direção do veículo para pedir ajuda aos policiais de plantão. 

O soldado Jullierme estava na viatura e efetuou três disparos, sendo que somente dois atingiram seu colega de farda: um no tórax, que perfurou o pulmão, e outro na perna, que quebrou o fêmur. 

Após os disparos, um morador da região gritou para avisar que a pessoa atingida era um policial militar. A composição policial verificou a identidade e o socorreu ao Frotinha da Parangaba, mas posteriormente o cabo foi transferido ao Instituto Doutor José Frota (IJF) no Centro, por conta da gravidade de seu quadro de saúde. O Sistema Verdes Mares noticiou o caso à época:

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