Ibiapaba FM 98,1 - Desmatamento: Amazônia perdeu quase três mil campos de futebol por dia em 2022, aponta Imazon

Desmatamento: Amazônia perdeu quase três mil campos de futebol por dia em 2022, aponta Imazon

Desmatamento: Amazônia perdeu quase três mil campos de futebol por dia em 2022, aponta Imazon


18/01/2023 10:41:29

O desmatamento na Amazônia em 2022 foi o maior registrado em 15 anos, alerta o monitoramento do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon). Entre janeiro e dezembro, foram devastados 10.573 km⊃2; — o equivalente à derrubada de quase três mil campos de futebol por dia de floresta.

2022 também registrou o quinto recorde anual consecutivo de desmatamento. No acumulado dos últimos quatro anos (2019-2022), chegou aos 35.193 km⊃2; — área que supera o tamanho de dois estados brasileiros: Sergipe (21 mil km⊃2;) e Alagoas (27 mil km⊃2;).

O novo governo tem prometido dar prioridade à proteção da Amazônia. Em diversas entrevistas, Marina Silva, ministra do Meio Ambiente e Mudança Climática, tem reforçado o compromisso com a política ambiental e com o desmatamento zero no bioma. Ela também anunciou, diante da alta do desmatamento no país, a criação de uma secretaria para frear a derrubada das florestas.

“Esperamos que esse tenha sido o último recorde de desmatamento reportado pelo nosso sistema de monitoramento por satélite, já que o novo governo tem prometido dar prioridade à proteção da Amazônia. Mas, para que isso aconteça, é preciso que a gestão busque a máxima efetividade nas medidas de combate à devastação, como algumas já anunciadas de volta da demarcação de terras indígenas, de reestruturação dos órgãos de fiscalização e de incentivo à geração de renda com a floresta em pé”, afirma Bianca Santos, pesquisadora do Imazon.

Os maiores desmatadores

 

Pará (3.874 km⊃2;), Amazonas (2.575 km⊃2;) e Mato Grosso (1.604 km⊃2;) seguem no topo dos maiores desmatadores desde 2019. Segundo o Imazon, Amazonas e Mato Grosso foram os únicos estados que tiveram aumento na destruição em relação a 2021, tanto em áreas federais quanto em estaduais, sendo os responsáveis pelo fechamento do acumulado da Amazônia em alta.

O caso mais grave foi do Amazonas, onde a devastação cresceu 24% em comparação com o ano anterior, quando foram derrubados 2.071 km⊃2;.

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